quinta-feira, 26 de abril de 2007

Portal dos alunos: Temas do P.C.T.

Este título encontra-se disponível para enviarem todos os vossos contributos (elaborados em regime de Trabalho de Grupo), sobre os Temas do nosso Projecto Curricular de Turma
que incidia em Temas/Problemas do Mundo Contemporâneo:
- A Guerra como tema de reflexão filosófica
- Responsabilidade Ecológica e Futuro
Fico a aguardar as vossas postagens!

18 comentários:

Ana Rita, Catarina Cardante, Sara, Susana, 10ºB disse...

Quando o rei Chuang, de Ch’un, cercava a capital de Sung, em 594 a.C., os mantimentos começaram a cerca altura a falhar, tendo entre os dois ocorrido a seguinte troca de impressões:
- Tzu-fan: “Como vão as coisas por aí?”
-Hua-Yuan: “Estamos exaustos. Trocámos as crianças e comemo-las; partimos-lhes os ossos e chuchámo-los.”

Será isto digno de seres humanos ?
Visto que somos dotados de racionalidade, achamos inacreditável uma atitude destas vinda de um ser dito moral.

Tiago disse...

A Segunda Guerra Mundial foi o conflito que causou mais mortes ao longo da história da humanidade, existiu uma grande sede de poder por parte de vários países o que os levou a integrarem-se na guerra ao lado de duas facções possíveis, e o que se pode concluir com isto? Obviamente pode-se ver uma grande falta de aproveitamento de paz por falta da humanidade, parece que é preferível haver mortes e medo durante um periodo de guerra que pode levar a riquesa de certos interessados (como os fabricantes de armas) em vez de felicidade, ao demonstrar isto é até mesmo possível comparar o Homem aos restantes animais que lutam por interesses, como no caso da facção NAZI que pretendia conquistar territórios para além dos seus.

Por: Tiago, André Silva, Miguel Nunes, Miguel Cardoso, Rafael 10ºA

SomenteMaisUmaVerdade disse...

O mundo está a morrer

A poluição começou aquando da industrialização. Claro que já antes disso o Homem poluía o planeta, mas em quantidades inofensivas. Com os avanços tecnológicos, foram sendo utilizados métodos cada vez mais poluentes, mas, na sua ignorância dos efeitos nefastos que estava a causar na Terra, será que podemos culpar o ser humano?
Hoje podemos! Todos e cada um de nós está perfeitamente ciente das consequências da poluição, seja esta da água, ar ou terra, e no entanto continuamos a despejar esgotos nos rios sem estes receberem o tratamento adequado, continuamos a lançar na atmosfera gases tóxicos, continuamos a enterrar no chão resíduos poluentes… porquê?
A resposta é simples. É muito mais fácil atirar um papel para o chão do que carregá-lo até um caixote de lixo. É muito mais lucrativo esgotar os combustíveis fósseis do que apostar em energias alternativas. Mas isto não é necessariamente o mais barato, nem para nós nem para o planeta, pois ao pouparmos dinheiro, desperdiçamos a vida, e isso é o bem mais precioso que qualquer pessoa pode ter.
O nosso planeta é como um escudo que nos protege. Pode já ter mossas, mas se continuarmos a abusar dele, acabará por se partir, e aí não haverá nada que possamos fazer. Não podemos pura e simplesmente comprar um escudo novo. Poluir ou não deixou de ser apenas uma questão de ética. É agora um caso de vida ou de morte. Várias espécies de animais estão agora extintas, e se não fizermos nada, o ser humano será apenas mais uma delas. Temos de deixar de pensar no hoje e planear o amanhã, pois só assim conseguiremos atenuar a catástrofe que causámos e piorámos até ser tarde demais para reverter o processo.
Se somos um ser racional, como deixámos as coisas chegar a este ponto? Dizemos que é preciso mudar, mas na verdade não mudamos nada, apenas esperamos que os outros mudem e assim o problema resolve-se. Ensinaram-nos a reciclar, mas pura e simplesmente pensamos “não vai fazer diferença” e fica tudo na mesma. Biliões de pessoas a pensar isso já faz diferença. Por isso, antes de mudar o mundo, temos de mudar as mentalidades. Muitas pessoas não se apercebem de que o que está em risco são vidas, ou então não se importam porque não serão as suas.
Os efeitos dos abusos da humanidade em relação ao planeta já se fazem sentir, mas não são, ainda, muito graves. Seca, problemas respiratórios, cancro da pele, são apenas algumas das consequências que as gerações vindouras terão de enfrentar. Temos de tornar este mundo o melhor que nos for possível, pois os nossos filhos têm tanto direito à felicidade quanto nós.
Tudo começa na consciencialização da população em relação a esta problemática. A família e a escola são as instituições mais importantes e influenciam-nos grandemente. É, portanto, crucial que estas nos passem bons valores. Só assim poderemos passar à acção. É preciso preservar o que temos de bom e melhorar as coisas más. Temos de tornar tudo amigo do ambiente e apostar apenas nas energias alternativas.
Se não mudarmos rápida e drasticamente, no horizonte apenas veremos a morte. Será isso que queremos para o nosso futuro?

Realizado por: Inês Marques, Daniel Albuquerque, André Ferreira e Pedro Nunes

Clepsidra disse...

A grande vantagem que esta "ferramenta" de trabalho tem para todos nós, é a de poder tornar-se um verdadeiro espaço de diálogo e comunicação rápida entre toda esta comunidade que agora se formou: Professores, Alunos e restantes elementos da nossa Comunidade Educativa que queiram espontânea e livremente, aderir a este Projecto.
Hoje só quero dizer-vos que os vossos textos já constam do nosso Blog e que funcionam como mensagens abertas ao diálogo, suscitando sempre novos comentários e reflexões, sendo esse o interesse maior desta plataforma de comunicação.
A propósito dos vossos textos e das interrogações importantes que alguns deixaram sobre os Temas do P.C.T., gostaria de relembrar que o facto de sermos seres racionais e dotados de moralidade nunca nos impediu, ao longo da História, de cometermos os maiores erros, as maiores atrocidades e os maiores crimes, quer contra a humanidade quer contra o planeta que tão generosa e resistentemente,tem sobrevivido a todos os abusos, desde que o Homem existe! É que a nossa natureza racional e moral não nos garante a total protecção contra a emergência de actos irracionais, amorais e até, imorais!
A racionalidade não é sinónimo e garantia de perfeição, quer no domínio do conhecimento, quer no domínio da acção. Na nossa natureza limitada e imperfeita nunca será banida a possibilidade do erro e dos defeitos inerentes a essa mesma natureza.Todavia, a única coisa que nos poderá dar alguma esperança de aperfeiçoamento é, curiosamente, a mesma faculdade que nos conduziu ao Progresso ( que, como sabemos, não foi sempre dirigido para o Bem). Essa faculdade é o pleno exercício da inteligência, da sensibilidade, do bom senso. O Homem só poderá combater os defeitos da sua própria natureza e os reflexos negativos da sua acção, se cada vez mais conseguir reflectir sobre os seus próprios erros, na perspectiva de tornar-se cada vez mais Humano, cada vez mais esclarecido, agindo com a sabedoria e inteligência necessárias para combater os instintos e impulsos mais primários.Só poderá fazê-lo se se colocar, racionalmente, na perspectiva de construção de Um Futuro Melhor.
Para isso terá que definir racionalmente quais são as verdadeiras prioridades do pensamento e da ciência contemporâneas: essas prioridades terão que estar acima de todos os interesses mais imediatos e primitivos, sempre geradores de incompreensões, conflitos e agressões várias quer contra os seus semelhantes, quer contra o próprio equilíbrio do Planeta.

A tarefa do cidadão do séc.XXI ( e não é fácil), consistirá a de ser um cidadão cada vez mais actuante e informado, cada vez mais participativo na actividade cívica e política, que saiba com a sua acção vigilante, protestar contra todos os grandes decisores políticos que querem teimosamente governar o Mundo sem ouvir o que esses cidadãos lhes querem dizer. Por isso, a grande tarefa consiste em fazermo-nos ouvir cada vez mais alto e conscientemente, junto de quem " governa" os destinos de todos nós, esquecendo deliberadamente que são os cidadãos que os colocam no Poder.

mestre, seixo, guerreiro, torre e paulinho 10ºB disse...

Durante vários séculos foi desenvolvido um pensamento sobre a ética da guerra, que tenta definir um meio-termo sustentável entre pacifismo e realismo. Este é a teoria da guerra justa, e defende o uso da violência para defesa na guerra, correspondente às justificações de senso comum para o uso da violência pelo estado para a defesa interna de direitos.

Tal qual, como a política interna de violência, que pode ser aceite desde que procure servir objectivos bem definidos e justos e seja governada e limitada por regras. Também o uso da violência pelo estado contra ameaças externas pode ser aceite desde que os fins sejam justos e os meios sujeitos a limitações adequadas.

A teoria da guerra justa, que fornece a estrutura dentro da qual a maior parte das abordagens contemporâneas da ética da guerra se desenvolveram, tem duas componentes: uma teoria dos fins e uma teoria dos meios. A primeira, conhecida como a teoria do jus ad bellum, define as condições em que é lícito fazer a guerra. A segunda teoria, a do jus in bello, estabelece os limites da conduta lícita na guerra.

Ambas as teorias são demasiado complexas para serem aqui descritas, mesmo em esboço.
Contudo, existem algumas considerações importantes que se devem esclarecer. Por exemplo, o componente principal da teoria de jus ad bellum é a exigência de que a guerra deve ser travada, tendo como base, uma causa justa. Apesar dos teóricos da guerra justa serem unânimes na crença em que a autodefesa nacional pode fornecer/originar uma guerra justa, em pouco mais estão de acordo.

Os candidatos crêem que a causa justa se estabelece na defesa de um estado contra uma agressão externa injusta, a recuperação dos direitos, ou seja, a recuperação dos direitos, ou seja, a recuperação do que pode ter sido perdido quando não houve resistência a uma dada agressão ou quando a resistência é derrotada, a defesa dos direitos humanos fundamentais noutro estado contra abusos do governo e a punição dos agressores injustos.

Os direitos do estado derivam de e não podem exceder os direitos dos indivíduos que os constituem, então o direito de autodefesa nacional será composto dos direitos de autodefesa individuais dos cidadãos. O estado é, assim, apenas um veículo através do qual os membros individuais exercem colectivamente os direitos individuais de autodefesa.

Logo, os limites do que o estado pode fazer para autodefesa nacional, correspondem aos limites do que seja aceitável que os cidadãos individuais podem fazer para se defenderem.

A teoria do jus in bello consiste em três requisitos.

1) O requisito da força mínima: a quantidade de violência usada em qualquer ocasião não deve exceder a necessária para realizar o fim em vista.

2) O requisito da proporcionalidade: as consequências negativas não devem exceder as consequências positivas.

3) O requisito da discriminação: a forca deve ser centrada apenas contra pessoas que sejam alvos legítimos de ataque.


Por exemplo:

A guerra de Saddam é injusta, apesar de ele não ter desencadeado os combates. Ele não está a defender o seu país contra um exército invasor; ele está a defender o seu regime e este, dado o seu historial de agressões no exterior e repressão brutal no interior, não tem legitimidade moral; e está a resistir ao desarmamento do seu regime, que foi ordenado (ainda que não executado) pelas Nações Unidas. Esta é uma guerra que ele podia ter evitado satisfazendo as exigências dos inspectores da ONU ou, no fim, aceitando o exílio para bem do seu país. A autodefesa é, reconhecidamente, o modelo da guerra justa, mas supõe-se que o "auto" em questão se refere a um sujeito colectivo e não a uma pessoa singular nem a uma camarilha tirânica que procura manter-se desesperadamente no poder, seja qual for o custo para as pessoas comuns.

Andres, augusto, bruno e fabio 10ºB disse...

A Guerra é uma acção de violência entre duas facções e normalmente ocorre para se obter algo da facção adversária ou apenas retaliar um insulto (por exemplo).
Um dos factores mais constrangedores da guerra é a morte de inocentes para que um sujeito "x" se entregue ou matar parte de uma população apenas por haver nessa zona grandes probabilidades de estar localizado um líder de uma dada organização a abater no processo.
Outro fruto da Guerra é a destruição de “zonas-alvo” com o uso de armas de destruição massiva, destruindo, consequentemente, habitações, infra-estruturas, campos agrícolas etc. com o objectivo de prejudicar a saúde das populações, qualidade de vida e segurança quer física, quer psicológica dos que vivem nas redondezas. Um outro factor a considerar com o aumento destes conflitos ilógicos é a destruição do nosso planeta em si, que, a pouco e pouco, se tornará inabitável, facto a que, provavelmente, se seguirá a extinção de inúmeras espécies, incluindo até a nossa.
Estes factores são também visíveis, em menor escala, nos acontecimentos do nosso dia-a-dia. Quantas vezes podemos ver alguém a ser assaltado na rua e fingimos não dar por isso por medo ou indiferença, ou apenas vimos alguém passar a frente de outrem na fila do supermercado, assistir uma de troca de insultos verbais e afastamo-nos, mentalizados de que não valeria a pena intervir? Todos estes factores levam a “pequenas guerras” travadas no dia-a-dia e, em suma, vivemos num mundo em que não nos sentimos, nem seguros, nem à vontade com o próximo, temendo sempre pela nossa integridade, deixando, assim, passar incólumes sujeitos e atitudes que deveriam ser chamados à atenção.
Para que este tipo de situações cesse e para que o Ser Humano não se destrua mutuamente, deverá ser realizada uma reflexão sobre os erros que, como muitos, cometemos continuamente no dia-a-dia das nossas vidas e assim chegar a conclusões que deverão ser postas em prática para o bem não só da nossa espécie, mas também das outras que vivem connosco neste planeta.
Propomos então, uma reflexão sobre este tema que ao longo de tantos anos tem destruído o nosso mundo e a nossa sociedade. Tentaremos também tirar conclusões que deveremos ter como base numa tentativa de sensibilização das facções intervenientes nas guerras que presenciamos, tanto a nível mundial, como a nível do que ocorre no quotidiano das nossas vivências.

“A excelência suprema consiste em quebrar as resistências do inimigo sem combater” - Sun Tzu

CIDE disse...

Sem dúvida que um Blog como este permite publicar e discutir temas, mesmo à distância.
Concordo que o tema da Guerra é um tema e um problema filosófico, que se pode centrar na questão de saber: porque não há Paz no Mundo? Proque é que os Homens optam pela Guerra e não pela Paz.

Nós, aqui no Nosso Blog ("Direito à Diferença")perguntamos insistentemente: porque é que não aceitamos a diferença dos outros?

Luís Mourinha

ana disse...

Responsabilidade Ecológica e futuro



A Terra tem característica muito especiais e únicas relativamente aos restantes planetas do Sistema Solar.
A massa da Terra influencia a energia interna do planeta e consequentemente a sua actividade geológica e a força gravítica que nos permite conservar uma atmosfera na parte externa.
A distância da terra ao sol influencia que tenhamos uma temperatura equilibrada e a formação e a manutenção da água no estado líquido.
É devido a estas características que existe uma grande diversidade de seres vivos. Infelizmente, nos últimos anos, verificou-se um aumento descontrolado de poluentes. Este aumento levanta questões quanto à capacidade de regulação do planeta. Os nossos actos de agora vão influenciar a nossa vida no futuro, a dos nossos filhos e netos. É por isso que temos que nos preocupar com o que estamos a fazer ao planeta e arranjar maneiras de parar esta destruição dos recursos naturais, como por exemplo o uso das energias renováveis, a compostagem, a construção de aterros sanitários e a reciclagem, que são métodos não poluentes de reutilizar matéria orgânica ajudando assim para a diminuição de lixeiras. Com estas novas formas de reciclagem ajudamos à diminuição de poluição e contribuímos para um melhor futuro.


anaxavier, anajesus, sérgio, márcia, carla

Ana Kellen, Íris, José, Pedro Ribeiro disse...

Para além dos motivos óbvios e plenamente lógicos da razão pela qual devemos preservar a Natureza, que constitui o nosso planeta, ainda há que ter em conta as futuras gerações que irão habitar a Terra, após os nossos tempos. Deveremos, então, pensar no legado que iremos deixar perdurar, legado esse, que em conjunto com a Terra, deixaremos como herança.
Nos dias de hoje, as acções da nossa sociedade têm um muito maior impacto ambiental do que tinham anteriormente. Raros eram os casos, em tempos passados, em que o Homem conseguia comprometer a Natureza com os seus intentos, e se o fazia, as repercussões de tal acto não duravam muito mais que uma geração ou duas. Infelizmente, na actualidade, só uma mera descarga de um caminhão de lixo, pode levar séculos a desintegrar-se, conspurcando o local durante a sua decomposição, já para não referir o impacto de um derrame de petróleo.
Em eras remotas o inimigo mortal da Humanidade era a Natureza. Hoje, porém, a situação reverte-se, nós somos o pior inimigo da Vida. A tecnologia levou-nos a um patamar que nos permite manipular a Natureza em nosso benefício. Isto não é um senão. De facto, é um grande feito, mas devemos usá-lo de um modo que não destrua tudo à nossa volta. Termos o controlo do que nos rodeia não é mau, mas com tal habilidade também vem responsabilidade, responsabilidade essa que nosengloba: tanto a nós, humanos, como a todos os outros que vivem no planeta azul, e ainda os que virão.
Antes de realizarmos acções que possam pôr em risco a biodiversidade ou o planeta em si, devemos pensar nas gerações futuras. Recebemos a nosso cuidado a Terra, e portanto é nosso dever preservá-la. Somos uma espécie superior, em relação às outras que habitam este mundo. É nossa obrigação velar por elas, e não prejudicá-las.
Pensemos nisto como se nos tivessem emprestado algo. Como o recebemos assim, o devemos devolver. Vamos pensar neste algo como um dicionário de uma biblioteca:
Requisitamo-lo, usamo-lo e depois arrancamos algumas páginas para desfruto próprio, devolvendo-o como se nada tivesse acontecido de mal.
Então devemos questionar-nos: “Será justo para aqueles que a seguir o utilizarão, e não irão encontrar o que necessitam? Será que gostava que acontecesse o mesmo a mim?
Pois…mas no nosso caso original o dicionário estropiado converte-se numa Terra devastada. Pelo quê? Por holocaustos nucleares, destruição causada pela poluição, em fim, um “n” número de coisas, contudo com um único foco possível de discernir, o Homem e as suas maquinações.
Quando tal acontecer, não poderemos dizer que não fomos avisados, pois mesmo aqueles que pensamos menos instruídos que nós, nos avisaram:

“O Homem Branco trata a sua Mãe, A Terra, e o seu irmão, o Firmamento, como objectos que se compram, se exploram e se vendem, como ovelhas ou contas coloridas. O seu apetite devorará a terra deixando atrás de si só o deserto. Não sei, mas a nossa maneira de viver é diferente da vossa. Só de ver as vossas cidades, entristecem-se os olhos do Pele Vermelha. Mas talvez seja porque o Pele Vermelha é um selvagem e não compreende nada.”

Carta de resposta do Chefe índio Seattle a Franklin Pierce em 1856, sobre a compra de propriedades dos índios.

Ana Kellen, Íris, José, Pedro Ribeiro disse...
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Catarina, Marta B, Rita C, Raquel, Vera disse...

A consciência ecológica

Desde há muito tempo que vários pensadores tomaram consciência de que a Terra é a única possibilidade de sobrevivência da vida humana e que os recursos naturais existentes são limitados. Depois dessa consciencialização propuseram o princípio da responsabilidade ecológica universal partilhada, onde cada ser humano tem a obrigação de contribuir para a salvação do planeta e consequentemente da sua própria vida.
Resultante da reflexão desses pensadores e da constatação da degradação progressiva de alguns ecossistemas surgiu a criação de novas áreas de reflexão, entre as quais, a bioética, que consiste na reflexão ética aplicada à vida em geral.
Dentro desta área surgem várias questões:

- da legitimidade de alterações feitas a nível genético na natureza humana e nas espécies animais.

- da legitimidade da utilização de espécies animais para a realização de experiências com o único objectivo de obter resultados experimentais.

- da utilização de materiais que não são maioritariamente necessários e que conduzem a uma poluição extrema.

- do fabrico de materiais não recicláveis que possam degradar a Natureza.

debora,catarina,andreia10ºb disse...

Responsabilidade Ecológica e Futuro

O Homem é criatura e criador do seu próprio ambiente, que lhe assegura a subsistência física e lhe dá a possibilidade de desenvolvimentos intelectual, moral, social e espiritual.
No decurso da longa evolução da raça humana na Terra chegou o momento em que, graças ao progresso cada vez mais rápido da ciência e da tecnologia, o Homem adquiriu o poder de transformar o seu ambiente de inúmeras maneiras e em escala sem precedentes. Os dois elementos do seu ambiente, o natural e o que ele próprio criou, são indispensáveis ao seu bem-estar e à plena fruição dos seus direitos fundamentais inclusive o direito à própria vida.
A protecção e a melhoria do ambiente são questões de maior importância, que afectam o bem-estar das Populações e o desenvolvimento económico do globo. O Homem deve constantemente fazer o ponto de situação da sua experiência e continuar a descobrir, a inventar, a criar e a avançar.
Multiplicam-se os indícios crescentes de prejuízos, de restrições e de devastações causadas pelo Homem em muitas regiões do globo: níveis perigosos de poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos; perturbações profundas e indesejáveis do equilíbrio ecológico da Biosfera; destruição e esgotamento de recursos insubstituíveis e graves deficiências no ambiente que o próprio Homem criou,
particularmente naquele em que vive e trabalha, revelando-se prejudiciais à sua saúde física, mental e social.
O crescimento natural da população coloca ininterruptamente problemas de preservação do ambiente e os Estados devem, por isso, adoptar políticas e medidas apropriadas para os resolver. Os seres humanos são elementos preciosos no mundo. É a população que impulsiona o progresso social, cria a riqueza, desenvolve a ciência e a tecnologia e, mediante muito trabalho, transforma continuamente o ambiente.Podemos causar, por ignorância ou indiferença, prejuízos consideráveis e irreversíveis no meio ambiente, do qual dependem a nossa vida e o nosso bem-estar.
Pelo contrário, mediante conhecimentos mais profundos e acções mais ponderadas, poderemos conquistar para nós próprios e para os nossos descendentes uma vida melhor, num ambiente mais adaptado às necessidades e aspirações humanas.
Existem perspectivas para a melhoria da qualidade do ambiente e para a criação de condições para uma vida feliz. É necessário, para isso, entusiasmo, calma e um trabalho intenso e ordenado. Para usufruir livremente dos benefícios da natureza, o Homem deverá tirar partido dos seus conhecimentos, com o fim de criar, em colaboração com a própria natureza, um ambiente melhor. A continuação deste objectivo implica que todos, sejam cidadãos ou colectividades, empresas ou instituições, e a qualquer nível, assumam as suas responsabilidades e compartilhem, equitativamente, os esforços comuns.
Os homens de todas as condições e as organizações mais diversas podem, pelos seus valores e pelo conjunto das suas acções, determinar o ambiente futuro do mundo.
Os problemas de ambiente, em número cada vez mais elevado, de âmbitos regional ou mundial, ou que afectam o domínio internacional comum, exigirão vasta cooperação entre as nações e que os órgãos internacionais actuem no interesse de todos.

Unknown disse...

Tratamento dos resíduos sólidos
Acumulação de materiais residuais
Nas grandes localidades o lixo é recolhido por empregados camarários e levado para lixeiras não controladas ou aterros sanitários. Muitas vezes a parte biodegradável dos lixos vai para estações de compostagem.
- Lixeiras são locais onde os lixos sem qualquer tratamento são despejados.
- Aterro sanitário – locais de deposição controlada de resíduos, que obedecem a exigentes regras de construção, funcionamento e encerramento, de forma a causar o mínimo possível de problemas ambientais.
- Estações de compostagem – Provoca-se a decomposição dos restos de alimentos com produção de um composto que pode ser utilizado na agricultura.


Existe uma série de infra-estruturas de recolha de resíduos urbanos (RSUs) que estão ao serviço da população.
- Ecopontos, ecocentros e circuitos de recolha.

- Ecopontos são baterias de três contentores de cores diferentes, que estão espalhados pelas ruas.
- Ecocentros são parques destituados à recolha de uma variedade de resíduos separados.
- Recolha domiciliária de resíduos – circuitos de recolha porta a porta.

Regra dos 4 R’s
Reduzir  Permite que não haja proliferação de resíduos que contaminam o ambiente.

Reutilizar  É a introdução de material recuperado num ciclo de produção diferente daquele que o originou.

Reciclar  O material é transformado para extrair os elementos úteis que possui.

Recuperar  É uma nova utilização de um produto ou de um material recuperado para um uso semelhante ao que teve no inicio.

Reciclagem
A reciclagem é um processo exigente, depende de dois factores primordiais:
- A existência de locais de deposição dos resíduos recicláveis.
- Existem centros de triagem associados a estações de tratamento.

Com a reciclagem diminui-se a quantidade de resíduos a levar para os aterros sanitários.

Incineração
Na incineração os resíduos indiferenciados são queimados a cerca de 850ºC, assim o volume fica menor e permite recuperar alguns subprodutos e calor.

Vantagens
 Reduz o volume dos resíduos
 Menos resíduos a lançar nos aterros
 Reduz a poluição das águas
 Pode ser utilizada para se obter energia eléctrica.

Desvantagens
 Alto custo
 Poluição do ar
 Produz cinzas altamente tóxicas.

feito por carina martins, adriana ribeiro, eugénio e natacha 10ºA

fabio disse...

Hitler: historia da sua vida

Hitler, Adolf (1889-1945), ditador alemão considerado o único responsável pela segunda guerra mundial. Seu pai, Alois Schicklgruber, - Alois Hitler depois que assumiu o sobrenome de seu pai natural -, era funcionário da alfândega e, após sua aposentadoria, foi com a família viver nas imediações de Linz, a capital da Áustria Superior, e ali o futuro ditador passou a maior parte da sua infância. Quando o pai faleceu em 1903, deixou uma pensão e economias suficientes para manter a mulher e os filhos.
Hitler teve pouco rendimento na escola e não recebeu o certificado, interrompendo os estudos aos 16 anos, em 1905. Por dois anos viveu ocioso em Linz. Após a morte da mãe, Klara Hitler, em 1908, ainda vivia de pequeno rendimento, com o qual se manteve em Viena. Desejava ser estudante de arte, mas falhou duas vezes que tentou entra para a Academia de Artes. Por alguns anos viveu só e isolado, conseguindo uma pequena renda com a pintura de cartões postais e anúncios, e vagando de um abrigo municipal para outro.
Em 1913 Hitler mudou para Munique. Foi chamado temporariamente a Áustria para ser examinado para o exército (1914) e foi rejeitado como inapto, mas quando começou a guerra de 1914, apresentou-se como voluntário do exército alemão. Serviu durante a guerra, foi ferido em 1916 e envenenado por gás dois anos depois. Por bravura em acção foi duas vezes condecorado com a cruz de ferro, uma condecoração rara para um cabo. Com alta do hospital após a derrota alemã, ficou alistado no seu regimento e designado como agente político, juntou-se ao pequeno partido trabalhista alemão em Munique (1919).
Seduzido pela perspectiva de uma carreira política, em 1920 Hitler deixou o exercito para devotar-se integramente à actividade partidária. Foi encarregado da propaganda do partido, que este ano foi rebaptizado Nationalsozialistishe Deutsche Arbeiterpartei com a abreviação Nazi.
O partido era pequeno, comprometido com um programa de princípios nacionalistas e socialistas, de liderança dividida. Um de seus membros era Ernest Röhm que, além de membro do partido, fazia parte do comando distrital do exercito, e era responsável por garantir a protecção do governo da Baviera, o qual dependia do exército local para a manutenção da ordem e tacitamente aceitava suas violações da lei e sua política de intimidação.
De trato difícil, Hitler não foi logo bem aceito. Porém, os dirigentes, conscientes de que o futuro do partido dependia do seu poder de organizar a publicidade para conseguir fundos, deram-lhe a presidência com poderes ilimitados, em Julho de 1921. Desde logo ele decidiu criar um movimento de massas.
Munique havia se tornado o lugar de encontro de antigos e insatisfeitos soldados do exercito alemão, relutantes de retornar a vida civil, e por agitadores políticos empenhados no tradicional separatismo ou em protestos contra o governo republicado de Berlim. Visando esse público, Hitler engajou-se em uma incansável propaganda através do jornal do partido o Volkischer Beobachter ("Observador popular") e por meio de uma sucessão de comícios desenvolveu seu talento único para magnetizar e liderar massas, rapidamente crescendo de uma audiência de uns poucos interessados para milhares de seguidores.
Ao mesmo tempo, Röhm foi de grande ajuda. Foi ele quem recrutou as esquadras, o chamado "braço forte", utilizadas por Hitler para proteger os comícios do partido, atacar os socialistas e os comunistas. Em 1921 estas foram formalmente organizadas sob as ordens de Röhm em um exército privado do partido, o SA (Surmabteilung). Hitler reuniu ao seu lado vários dos lideres nazistas que mais tarde seriam julgados ou acusados de crimes de guerra: Alfred Rosenberg, Rudolf Hess, Hermann Göring, e Julius Streicher.
O clímax desse rápido crescimento do partido nazista na Bavária veio com a tentativa de golpe para tomada do poder, o atentado de Munique (Hall da Cerveja) em novembro de 1923, quando Hitler e o general Erich Luderndorff tentaram forçar o comando do exército a proclamar um revolução nacional. Quando levado a julgamento Hitler tirou vantagem da imensa publicidade que o acontecimento lhe deu. Ele também tirou uma lição do golpe - que o movimento precisava chegar ao poder por meios legais. Foi sentenciado a prisão por cinco anos, mas ficou preso somente nove meses, e isto com suficiente conforto para preparar o primeiro volume do seu Mein Kampf.
Ele considerava a desigualdade entre as raças e os indivíduos como parte de um imutável ordem natural e exaltava a raça ariana como o único elemento criativo da humanidade. Toda moralidade e verdade era julgada por este critério: se era de acordo com o interesse e preservação do povo. A unidade do povo encontrava sua encarnação no Führer, dotado de autoridade absoluta. Abaixo do Führer o Partido formado dos melhores elementos do povo e também seu guardião. O maior inimigo do Nazismo era o rival Marxismo. Além do Marxismo ele via o maior inimigo de todos, os Judeus, que era para Hitler a própria incarnação do mal.
A Alemanha não poderia encontrar seu destino sem o Lebensraum ("espaço vital"), terras para abrir e alimentar a crescente população alemã. O espaço vital deveria ser encontrado na Ucrânia e nas terras do leste Europeu, terras a serem tomadas ao povo eslavo, que ele classifica de untermenschen (subumanos), e governado por uma conspiração judeu comunista com sede em Moscou.
Hitler percebia mais rapidamente que qualquer um como podia tirar vantagem de uma situação. Após sua saída da prisão suas rendas derivavam ao azar do provimento pelos fundos do partido e de escrever em jornais nacionalistas. A crise de 1929 abriu um período de instabilidade económica e política. Hitler pode pela primeira vez alcançar uma audiência nacional quando teve a ajuda das organizações e jornais do partido Nacionalista, associado aos nazistas. Recebia doações dos industriais, ansiosos por usá-lo para estabelecer uma forte ala direita, anti trabalhista, recursos que colocaram o partido em base financeira sólida, permitindo que ele fizesse seu apelo emocional para a classe média baixa e os desempregados, baseada na proclamação de sua fé de que a Alemanha acordaria de seus sofrimentos para retomar sua grandeza natural.
Colocado em posição forte pelo grande apoio popular, em Novembro de 1932 Hitler propalou, por todos os artifícios de sedução de massas e com a habilidade de um autor, que a chancelaria era o único cargo que aceitaria, e isto por meio constitucional, não revolucionário. Em Janeiro de 1933 o presidente Hindenburg, do partido nacionalista, convidou-o para primeiro ministro da Alemanha e ele assumiu o cargo.
Ele era indiferente a roupas e comida, nunca fumando ou bebendo chá, álcool, porém não tinha inclinação pelo trabalho regular. Ele continuou, mesmo mais tarde, como Führer, a rebelar-se contra a rotina, uma característica que ele atribuía ao seu temperamento artístico. Sua meia irmã Ângela Raubal e suas duas filhas passaram a viver com ele. Hitler apaixonou-se por uma das sobrinhas, Geli, mas mostrou-se tão obsessivamente ciumento que isto levou a moça ao suicídio em 1931. Hitler ficou inconsolável. Depois interessou-se por Eva Braum, que se tornou sua amante. Ele raramente permitia que ela aparecesse em público e disse não casar-se porque prejudicaria sua carreira.
Uma vez no poder, Hitler tratou de estabelecer uma ditadura absoluta. O incêndio no palácio (Reichstag), uma noite de 1933, aparentemente provocado por um comunista holandês, Marius van der Lubbe, deu-lhe a desculpa para um decreto suspendendo todas as garantias de liberdade e para uma intensificada campanha de violência. Ele nunca pensou em desapropriar os líderes da indústria alemã, uma vez que servissem os interesses do estado nazista. Nestas condições, o partido chegou a uma votação expressiva nas eleições daquele ano.
O velho amigo Ernst Röhm, como cabeça da SA, era visto com grande desconfiança pelo exército. Göring e Heinrich Himler estavam ansiosos por remover Röhm, mas Hitler hesitava. Finalmente, em 1934, ele chegou a uma decisão e Röhm e outros foram executados sem julgamento. Satisfeitos por verem a SA aniquilada, os chefes militares apoiaram as acções de Hitler. Quando o presidente Paul von Hindenburg morreu eles consentiram na fusão do cargo de primeiro ministro ou chanceler com o da presidência da república o que colocava todos os poderes nas mãos de Hitler, inclusive o comando das forças armadas. Os militares, oficiais e soldados, passaram a fazer juramento pessoalmente a Hitler. No plebiscito Hitler teve 90 por cento de apoio. Por desinteresse em assuntos de rotina e por interessar-se mais pelos grandes lances de política que havia delineado no seu livro Min Kampf, Hitler deixou a administração inteiramente aos cuidados de seus subalternos, que agiam arbitrariamente em todas as questões internas de sua esfera de mando. A reunião em um único país de todas as regiões onde viviam alemães era sua principal directriz de conquista.
Antes que suas planejadas conquistas se tornassem possíveis, era necessário remover as restrições que o Tratado de Versalhes impunha à Alemanha. Hitler usou toda a arte possível de propaganda para que a Europa o visse como o campeão contra o odiado comunismo soviético e insistiu que ele era um homem de paz que apenas desejava remover as injustiças do Tratado de Versalhes. Retirou a Alemanha da Liga das Nações no mesmo ano de sua confirmação como Führer, ao final de 1933, despertando um novo ânimo nos alemães, que impulsionaria o desenvolvimento do país nos cinco anos seguintes.
A aliança com a Itália, já prevista no Mein Kampf, rapidamente tornou-se realidade como resultado do ressentimento dos italianos contra a Inglaterra e a França pela oposição feita à ocupação italiana da Etiópia. Em Outubro de 1936 estava formado o "eixo" Roma-Berlim e pouco depois o pacto contra a Rússia assinado com o Japão, e um ano mais tarde esses dois pactos referendados em um pacto único, o Eixo Tóquio-Roma-Berlim.
Em Novembro de 1937 Hitler delineou seus planos de conquista em um encontro secreto com seus líderes militares, a começar pela Áustria e a Checoslováquia. Três anos antes, em meados de 1934, ele havia estimulado uma revolta entre os nazistas da Áustria, que reivindicavam a anexação à Alemanha. Com o apoio da embaixada alemã, organizaram um golpe e assassinaram o chanceler Engelbert Dollfuss. Porém Mussolini, o ditador italiano, havia mobilizado tropas para intervir contra o golpe, que fracassou. Hitler voltou à carga no início de 1938, assegurando-se primeiro do apoio da Itália. Quando o chanceler Kurt von Schuschnigg decidiu efetuar um plebiscito sobre a reclamada anexação, Hitler imediatamente ordenou a invasão da Áustria pelas tropas alemãs. Entrou gloriosamente em Viena, e proclamou então uma gratidão impiedosa a Mussolini por este não haver, desta vez, interferido.
Seguiu-se a anexação da Checoslováquia, onde o nazismo também tinha seus adeptos e agitadores entre a minoria alemã. A questão pareceu solucionada com a interferência da França e Inglaterra, e do amigo Mussolini, que propuseram a integração à Alemanha da parte do país cujos habitantes eram de origem alemã. Com esta solução, Hitler adiou apenas temporariamente seu plano de anexação, apenas até a desordem popular estimulada pelos nazistas lhe fornecer motivo para invadir o país proclamando sua anexação em Março de 1939. Imediatamente após, suas ameaças fizeram que o governo Lituano cedessem parte de seu território na fronteira com a Prússia Oriental, um enclave alemão no norte da Polónia.
Concluídas as anexações, Hitler procedeu às conquistas necessárias a criar o "espaço vital" que desejava para a Alemanha. Seu primeiro objectivo era a Polónia. Assegurou-se do apoio italiano, que inclusive lhe forneceria tropas, com um novo acordo em Maio de 1939, e celebrou em Agosto outro pacto de conveniência, com a Rússia, para que esta não interferisse no seu projecto. A invasão da Polónia foi efectuada antes do Inverno daquele ano.
Isto precipitou uma reacção que Hitler não desejava para tão cedo: a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha. Obrigado a voltar sua atenção imediatamente para o oeste europeu, tentou negociar a paz com os novos inimigos, sem resultado. Iniciou então sua ofensiva contra a França e a Inglaterra indirectamente, invadindo primeiro a Dinamarca e a Noruega, em Abril de 1940, países antes não envolvidos e apanhados de surpresa pelas forças alemãs. Pelo norte apanhou de surpresa também a França, cujas linhas de defesa fortificadas no leste ficaram sem efeito. Entusiasmado, Mussolini também entrou na guerra em apoio aos alemães.
A resistência a Hitler na França foi comandada por De Gaulle, de Londres. Inicialmente, para resistir ao ataque alemão iniciado em Maio de 1940, o presidente da França, Paul Reynaud, apelou para um herói francês da primeira guerra mundial, o marechal Petain, que foi nomeado primeiro ministro. O marechal concluiu porém que o exército francês não tinha hipóteses contra a moderna máquina de guerra alemã, e pediu o armistício.
Hitler assinou um armistício com a França vingando as arrogantes exigências dos franceses colocadas no tratado de Versalhes, na capitulação da Alemanha em 1918.
Como preço pelo armistício, Hitler exigiu o pagamento em matérias primas e alimentos para o esforço de guerra alemão. O Armistício incluía uma cláusula de trabalhos forçados dos jovens franceses nas fábricas alemãs, o que levou a juventude francesa a refugiar-se nos campos. Alguns deles se arriscaram e vários perderam a vida como heróis da resistência ao invasor, principalmente em actos de sabotagem contra o transporte de trabalhadores franceses e produtos para a Alemanha. O General Charles De Gaulle fugiu para a Inglaterra, de onde exortou os compatriotas a resistirem aos nazistas. De Gaulle voltaria, após a guerra, para governar a França.
Petain instalou seu governo em Vichy, na parte sul que restou à autonomia francesa, abaixo de uma linha imaginária entre a fronteira com a Suíça, na altura de Genebra, a um ponto a 19 km a leste de Tours e dali para sudoeste até a fronteira com a Espanha, seguindo por 48 quilómetros até o a costa mediterrânea..
No verão de 1940 Hitler iniciou uma preparação a longo prazo para a invasão da Rússia. mas alguns contratempos para esse projecto surgiram. Primeiro, Mussolini, sem saber das intenções de Hitler, adiantou-se na captura da Grécia. Como resultado desta e de outras aventuras, precisou do socorro dos alemães tanto nos Balcãs, como também no Norte da África. Outro imprevisto foi o golpe de Estado na Jugoslávia em Março de 1941, depondo um governo que havia feito um tratado com os alemães. Considerando isto um insulto à Alemanha e a ele próprio, Hitler ordenou imediatamente a invasão da Jugoslávia. Tudo isto representou um desfalque no seu ataque contra a Rússia, que lançou em Junho do mesmo ano. Apesar de tudo, estava tão confiado no sucesso que não providenciou roupas de Inverno para as tropas, prometendo aos soldados que estariam de volta ao lar antes do Inverno. A campanha porém, não teve o mesmo êxito de todas as invasões anteriores, prolongando-se até o Inverno para o qual as forças alemãs não estavam nem um pouco preparadas. No auge do frio, em Dezembro do mesmo ano, os russos, apesar de inferiores em armamento e técnica de combate, começaram a contra atacar com êxito. Ao mesmo tempo, ocorreu o até hoje incompreensível ataque Japonês a Pearl Harbor. Sem querer por em risco o tratado que tinha com o Japão e que era uma esperança de conduzir os russos a lutar no leste e no oeste, Hitler declarou prontamente guerra aos Estados Unidos, ao lado do Japão. Acreditando piamente na superioridade racial germânica, Hitler não levou em conta a força que uma mobilização total dos Estados Unidos poderia significar, mesmo pressionado em duas frentes pelo Eixo, pela ameaça que vinha tanto pelo Atlântico, da Europa nazificada, quanto pelo Pacífico, do leste fanatizado. As batalhas se multiplicaram em várias frentes na Europa, no Atlântico, na África, na Ásia e no Pacífico.
Apesar de ocupado com uma conflagração mundial, Hitler estava confiado em que imporia uma nova ordem mundial e Himmler foi encarregado de preparar a nova Europa. Os campos de concentração foram ampliados e a eles acrescentados campos de extermínio como os de Auschwitz e Mauthausen, assim como criadas unidades móveis de extermínio. Os judeus da Alemanha e dos países ocupados foram aprisionados e executados, fuzilados ou mortos em câmaras de gás. A conta geralmente apresentada é de 5 a 6 milhões de pessoas sacrificadas, no que Hitler chamou de solução final para o problema judeu. Milhares morreram também em experiências médicas alucinadas, e nas execuções indiscriminadas de reféns, de adversários políticos e de membros da resistência nos países ocupados. A propaganda utilizava o rádio e o cinema. A actriz sueca Kristina Süderbaum tornou-se uma estrela dos filmes de propaganda do partido; sua figura nórdica loura encarnou a ideologia racial Nazista. Casada com Veit Harlan, um dos principais directores de filme da era nazista, Süderbaum estrelou em vários de seus trabalhos, incluindo o profundamente anti-semítico Jud Süss, de 1940.
Ao final de 1942 as derrotas na África, em el-Alemein, e na Rússia, em Stalingrado, e mais o bombardeio dos aliados, Inglaterra e Estados Unidos, sobre o território da própria Alemanha, indicavam uma reviravolta na guerra desfavorável aos nazistas. Hitler porém recusava-se a visitar as cidades bombardeadas e a ler ou acreditar nos relatórios de seus generais. Quando Mussolini foi preso, tentou uma operação para resgatá-lo, e enviou tropas para ocupar as posições das tropas italianas que haviam se rendido. Continuou a resistir ao avanço russo às custas de grandes perdas para o exército alemão, tanto em número de mortos quanto em unidades aprisionadas. A batalha naval também perdeu fôlego, na medida que o inimigo aprendeu a combater com êxito e destruir os submarinos alemães.
Apesar de escapar a vários atentados contra a sua vida, o mais perigoso dos quais por explosão de uma bomba colocada sob a sua mesa de reunião com seus generais no quartel de comando na Prússia Oriental (parte da actual Polónia), Hitler não esmoreceu. Em lugar de tentar uma paz que permitiria salvar ainda boa parte da Alemanha, retirou-se para uma fortaleza subterrânea em Berlim, cidade que pretendia defender com os últimos recursos de seu exército, ao qual negou permissão para que se rendesse.
Quando as tropas soviéticas entraram na Capital a luta nas ruas e os bombardeios aéreos reduziram a cidade a ruínas. Só então Hitler entendeu que era o fim e tomou duas providências: casar-se oficialmente com Eva Braum e ditar o seu testamento aos seus auxiliares. Em seu testamento político conclamou o povo a continuar a luta contra os judeus e apontou Karl Dönitz como chefe do estado e Josef Goebbels como primeiro ministro. Recolheu-se com a mulher aos seus aposentos e esta tomou veneno, e ele ou tomou veneno ou atirou em si mesmo. Seus corpos foram em seguida incinerados.
Na França, após a libertação de Paris pelas tropas aliadas, De Gaule declarou nulo o governo de Vichy e o marechal Petain, levado pelos alemães para um abrigo na Alemanha, depois retornou à França voluntariamente para ser julgado; faleceu na prisão em 1951, aos 95 anos de idade. Na Itália, libertada pelas tropas americanas junto às quais um contingente brasileiro teve presença marcante, Mussolini foi executado. O Japão assinou a rendição após os ataques atómicos realizados pelos americanos contra Hiroshima e Nagasaki, em 1945.

sergiO disse...

"Para bem e para o mal, de um lado e doutro da batalha estão seres humanos, o que em si, constitui a maior vantagem e a maior desvantagem de qualquer exército" - Maria Miguel S. Galito

" War is life written large; of all human activities is far the most spectacular, the most intense, and the most exciting. More importantly still, it is the only one in which there are no rules, no artificial restrictions on the amount of force that may be used and the means that may be employed." - Martin Van Clever

Declaração Universal dos Direitos do Homem
Artigo 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

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É presente em ambos os excertos apresentados um factor comum e evidente: o Homem, o indivíduo, e a sua natureza. A guerra é antes de tudo a presença e a força da racionalidade humana, mas é também reflexo de parte do seu ser. A guerra converte-se num jogo mortífero, onde as sensações de qualquer indivíduo pungem freneticamente.
É na guerra que muitas vezes o instinto da sobrevivência animal( o homem é um animal)assoma e esta é a verdade mais sombria.



Como já foi referido no blog este é um espaço aberto ao diálogo, e diálogo se espera. Aguardamos as vossas opiniões, críticas e até, quem sabe, sugestões.
Obrigada e boa continuação de trabalho

sergiO disse...

O trabalho apresentado por "sergio" é da autoria de Claudia 10º D

denise disse...

Stora venho por este meio homenagiala em relaçao aos trabalhos que foram espostos! Notou-se em todos eles a dedicaçao prestada mais por uns do que por outros, mas todos eles conseguiram mostrar aquilo que lhes foi pedido. Sei que ainda hoje muitas pessoas, embora vejam nos noticiarios casos da guerra que acontecem em outros paises diariamente, nada ligam. Mas sei que atraves dos trabalhos que tiveram que realizar talvez percebessem agora atraves da buusca de informaçao o que essas populaçoes sofrem, o numero de pessoas que acaba por morrer por causa de um conflito tao mau que e' uma guerra.

Sei q pode parecer que nao, mas atraves deste trabalho deparei-me com coisas que jamais tinha visto, horrores que as pessoas sofrem,o elevado numero de mortes e o estado que o pais fica apos uma guerra. Sei que acima de tudo os alunos da escola Alfredo da silva com a elaboraçao destes trabalhos conseguiram pelo menos HOje perceber o que nos pode guardar o Futuro.

beijinhos e Parabens com a exposiçao dos trablhos realizdados.

quim disse...

O argumento contra a legitimidade da defesa de Saddam é a via de legitimação da guerra agressiva. Todas as ideologias e todas as propagandas procuram mostrar os outros regimes, os outros lideres, as outras ideologias, de forma caricatural, procurando vias para legitimar os actos agressivos. Pode-se, sempre, dizer que o que se está a fazer não é conquistar, mas libertar, salvar (religiosamente), proteger, civilizar, etc. o povo em questão. E que a guerra não é dirigida contra o povo mas contra o chefe ou chefes. Isso também poderia ser dito por alguém que declarasse a guerra, por exemplo, aos EUA (como a Al-Qaeda fez) - poder-se-ia dizer que aguerra era destinada a salvar o povo americano da perdição, que era dirigida não contra o povo mas contra Bush e o seu séquito, ou contra a plutocracia que, de facto, dirige os EUA, ou para defender os múltiplos povos que têm sido atacados pelos norte-americanos, etc. Em todo o caso, tratava-se de legitimar uma agressão. Ora, se o direito internacional der aval a qualquer argumentação deste tipo, dará aval à guerra generalizada e, se não o fizer, terá que se tornar apoiante de uma parte, optando por uma ideologia e, provavelmente, por um imperialismo. Ora, um direito tão marcadamente ideológico dificilmente será respeitável.