quinta-feira, 26 de abril de 2007

Portal dos alunos: Temas do P.C.T.

Este título encontra-se disponível para enviarem todos os vossos contributos (elaborados em regime de Trabalho de Grupo), sobre os Temas do nosso Projecto Curricular de Turma
que incidia em Temas/Problemas do Mundo Contemporâneo:
- A Guerra como tema de reflexão filosófica
- Responsabilidade Ecológica e Futuro
Fico a aguardar as vossas postagens!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Portal dos Alunos - Início

Neste meu Blog encontra-se um espaço especialmente reservado para vocês. Embora feito com pouca mestria nestas coisas da Informática, pretende ser um ponto de encontro verdadeiramente interactivo onde, fora das aulas, poderemos comunicar. Nele poderão inserir todos os vossos contributos pessoais: textos, reflexões, comentários ao conteúdo do Blog, imagens, debates, informações recolhidas de várias fontes, reflexões que tenham realizado ao longo do ano lectivo em testes e outras actividades, enfim, tudo o que directa ou indirectamente se possa relacionar com um olhar atento sobre o Mundo e obviamente, com a Filosofia. Espero que gostem de participar e de pertencer a esta comunidade interactiva que somos todos nós. Fico aguardando as vossas postagens/contributos. Um grande abraço e até breve!

25 de Abril de 2007: Evocação em Imagens


Emoções
do
25 de Abril
As Ruas transbordaram
e os nossos corações também
"O Povo saíu à rua num dia assim"

Lisboa não adormeceu

rejubilou de festa e alegria

Todo o país comungou do mesmo espírito: o espírito da Liberdade ferida e amordaçada durante quase meio século.




Portal dos Alunos:um Espaço de Encontros...






EVOCAÇÕES do 25 de Abril


Repressão

Censura

Obscurantismo

Mentira

Tortura

Morte

Crime

Perseguição

GUERRA Exploração

Exílio

Miséria Analfabetismo


Pergunto ao vento que passa

notícias do meu país

e o vento cala a desgraça

o vento nada me diz


Pergunto aos rios que levam

tanto sonho à flor das águas

e os rios não me sossegam

levam sonhos deixam mágoas


(...) Pergunto à gente que passa

porque vai de olhos no chão.

Silêncio - é tudo o que tem

quem vive na servidão


(...) E o vento não me diz nada

ninguém diz nada de novo.

Vi minha pátria pregada

nos braços em cruz do povo.


Vi meu poema na margem

dos rios que vão pró mar

como quem ama a viagem

mas tem sempre de ficar


Há quem te queira ignorada

e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada

nos braços negros da fome


E a noite cresce por dentro

dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento

e o vento nada me diz


Mas há sempre uma candeia

dentro da própria desgraça

há sempre alguém que semeia

canções no vento que passa


Mesmo na noite mais triste

em tempo de servidão

há sempre alguém que resiste

há sempre alguém que diz não.


Obrigada, Manuel Alegre, por todos os teus

poemas




















segunda-feira, 23 de abril de 2007

Gigões e Anantes

AS PALAVRAS E AS IDEIAS:Gigões e Anantes

Gigões são anantes muito grandes.
Anantes são gigões muito pequenos.
Os gigões são diferentes dos anantes porque
uns são um bocado mais outros são um bocado menos.

Era uma vez um gigão tão grande, tão grande, que não cabia. Em quê - o gigão era tão grande que nem se sabia em que é que ele não cabia!
Mas havia um anante ainda maior que o gigão
e esse então nem se sabia se ele cabia ou não.

Só havia uma maneira de os distinguir:
era chegar ao pé deles e perguntar.
- Mas eram tão grandes que não se podia lá chegar.
- E nunca se sabia se estavam a mentir.

Então a Alice como não podia resolver o problema arranjou uma teoria: xixanava com eles e aquele que ficava xubiante era o gigão e o anante era o que fingia que não.

A teoria nunca falhava porque era toda
com palavras que só a Alice sabia.
E como eram palavras de toda a confiança
só queriam dizer o que a Alice queria.
Gigões e Anantes, M.António Pina e João B.

Portal do aluno : Um espaço de Encontros...

Caminhando no Programa...10º(3)

Brincando com os conceitos: O Filósofo é aquele que captura o Real




Também o artista é aquele que "captura" o Real...




Esse acto de "predação" do Real , tanto no filósofo como no artista, são actos criativos em que o Real apreendido difere necessariamente da realidade em si mesma. A propósito do acto criativo como representação , escreveu Oscar Wilde no Prefácio da obra " O Retrato de Dorian Gray":




« O artista é o criador de coisas belas.


O objectivo da arte é revelar a arte e ocultar o artista.


O crítico é aquele que sabe traduzir de outro modo ou para um novo material a sua impressão das coisas belas.


A mais elevada, tal como a mais rasteira, forma de crítica é um modo de autobiografia.


Os que encontram significações torpes nas coisas belas são corruptos sem sedução, o que é um defeito.


Os que encontram significações belas nas coisas belas são os cultos. Para esses há esperança.


Eleitos são aqueles para quem as coisas belas apenas significam Beleza.


Um livro moral ou imoral é coisa que não existe. Os livros são bem escritos, ou mal escritos. E é tudo.


(...) A vida moral do homem faz parte dos temas tratados pelo artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito. Nenhum artista quer demonstrar coisa alguma. Até as verdades podem ser demonstradas.


Nenhum artista tem simpatias éticas. Uma simpatia ética num artista é um maneirismo de estilo imperdoável.


Um artista nunca é mórbido. O artista pode exprimir tudo.


O pensamento e a linguagem são para o artista instrumentos de arte.


O vício e a virtude são para o artista matérias de arte.


Sob o ponto de vista da forma, a arte do músico é o modelo de todas as artes. Sob o ponto de vista do sentimento, é a profissão de actor o modelo.


Toda a arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo. Os que penetram para além da superfície, fazem-no a expensas suas.


O que a arte realmente espelha é o espectador, não a vida.


A diversidade de opiniões sobre uma obra de arte revela que a obra é nova, complexa e vital.


Quando os críticos divergem, o artista está em consonância consigo mesmo.




Podemos perdoar a um homem que faça alguma coisa útil, contanto que a não admire. A única justificação para uma coisa inútil é que ela seja profundamente admirada.


Toda a arte é completamente inútil.»






sexta-feira, 20 de abril de 2007

Portal dos Alunos: um Espaço de Encontros...

Neste meu Blog encontra-se um espaço especialmente reservado para vocês.
Embora feito com pouca mestria nestas coisas da Informática, pretende ser um ponto de encontro verdadeiramente interactivo onde, fora das aulas, poderemos comunicar.
Nele poderão inserir todos os vossos contributos pessoais: textos, reflexões, comentários ao conteúdo do Blog, imagens, debates, informações recolhidas de várias fontes, reflexões que tenham realizado ao longo do ano lectivo em testes e outras actividades, enfim, tudo o que directa ou indirectamente se possa relacionar com um olhar atento sobre o Mundo e obviamente, com a Filosofia.
Espero que gostem de participar e de pertencer a esta comunidade interactiva que somos todos nós. Fico aguardando as vossas postagens/contributos.
Um grande abraço e até breve!

Portal dos Alunos - As Disposições da Vontade e a Autonomia da Razão

Na senda da tradição clássica da Filosofia, Kant não renegou admitir uma concepção dualista da natureza humana ( já assumida pelos mais ilustres pensadores da antiguidade, Platão e Aristóteles e pelos mais destacados pensadores modernos, como Descartes ).
Essa divisão da natureza humana subsiste e afirma-se na eterna conflitualidade entre os impulsos mais primários do corpo e a disciplina mais austera da razão que se degladiam, em cada ser humano, permanentemente dividido entre o prazer e o dever, entre as tentações do corpo e a disciplina da alma.
De facto, ao longo de toda a nossa existência, somos permanentemente assaltados pelos mais variados desejos e necessidades e constantemente instados a cumprir as mais diversas normas e obrigações a que a mais elementar sociabilidade obriga e impõe.
Kant sintetizou muito bem esse eterno conflito ao enunciar as três disposições da vontade humana: a disposição para a animalidade, a disposição para a humanidade e a disposição para a moralidade.
É no seio deste incontornável " campo de batalha" que se encontra e define a natureza humana. É no modo como cada um de nós gere essa conflitualidade onde se move a vontade, que vamos esculpindo a nossa própria natureza, o nosso carácter e personalidade, a partir das escolhas que fazemos, a partir das decisões que tomamos, a partir das acções que praticamos .
A moralidade, estando ancorada na própria racionalidade , seguirá sempre o rumo que cada um de nós escolher. Se é verdade que à partida ela se enraíza na própria Razão ou essência do Homem, também é verdade que ela não é imune às vicissitudes da existência . A aptidão natural para sermos seres morais não é condição necessária e suficiente para que o venhamos de facto a ser. É no conflito entre as disposições da vontade que se construirá a moralidade de cada um de nós.
A construção de uma moralidade vinculada aos princípios da Razão ( isto é, ao pleno e verdadeiro exercício da Liberdade) , mais do que uma máxima da Ética kantiana, constitui um desafio para a Humanidade. Tornarmo-nos seres cada vez mais dignos , é tornarmo-nos cada vez mais humanos!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Caminhando no Programa...10º (3)

É um lugar comum dizer-se que só se aprende Filosofia, filosofando...
"(...) Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde ela me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."
F. Pessoa, Livro do Desassossego
ACTIVIDADE:
Justificar, com base no texto, o carácter existencial e universal das questões filosóficas.

domingo, 1 de abril de 2007

Caminhando no Programa...10º (2)



A Filosofia e o Problema da sua definição:
O que é, afinal, a Filosofia?

Qualquer destas questões suscita respostas que decorrem já de uma determinada posição filosófica e, por isso, só no interior dessa mesma posição ganham sentido e coerência.
Assim, ao colocarmos estas questões deparamo-nos com uma diversidade de respostas possíveis, nem sempre conciliáveis - que conduzem ao reconhecimento de que a definição da filosofia não é uma tarefa fácil -já que necessariamente deve reconhecer que essa unidade procurada terá que admitir, à partida, a própria diversidade do pensar filosófico ao longo da história.
Porque é que isso acontece?
Poderemos agrupar, pelo menos, em duas ordens de razões, a resposta à questão colocada:
- A ambiguidade do próprio conceito de filosofia.
- A subjectividade inerente à prática filosófica enquanto prática teórica.
ACTIVIDADE:

"Definir a filosofia é enfrentar, de imediato, a um problema filosófico".

- justificar a afirmação.

Identificar alguns aspectos que traduzem a especificidade desse problema.